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Ramon Alcaraz

Atualizado: 17 de jun. de 2021




Nos três primeiros artigos da série “Empresas e empresários que valorizam as mulheres do TRC”, conversei com os senhores Urubatan Helou, Altamir Cabral e Tayguara Helou. Nesta quarta edição, conversei com Ramon Alcaraz, CEO da JSL e grande incentivador das mulheres no setor.


Essa série é uma vertente do projeto Vez e Voz do SETCESP, criado em 2020 com o intuito de dar apoio, valorizar as mulheres que trabalham no segmento de transporte rodoviário de cargas e também disseminar as boas práticas que acontecem nas empresas e entidades.


Recentemente, realizamos uma pesquisa com as mulheres que atuam no setor para entender quais seriam as pessoas que mais incentivam o crescimento delas no Transporte rodoviário de Cargas, e Ramon foi um dos citados.


“Na FADEL, empresa da qual fazia parte, tratamos as mulheres como qualquer outra pessoa. Não há nenhum tratamento especial ou plano específico, mas também não há nenhum tipo de preconceito. Naturalmente aquelas que se destacam crescem e evoluem, assim temos mulheres supervisoras, coordenadoras, gerentes e até diretoras liderando homens, sem nenhum tipo de problema ou constrangimento. Isso acontece de forma natural", pontua Ramon sobre a razão da sua nomeação na pesquisa.


O atual CEO da JSL, nasceu em um lar de mulheres. Sendo o filho do meio entre 4 irmãs, Ramon coleciona grandes lições de vida e de respeito às mulheres. “A JSL é uma empresa bem maior do que a FADEL, e consequentemente o desafio é maior. Mas, pretendo cuidar das mulheres como sempre fiz, com respeito, admiração e dando à todas condições para que evoluam, cresçam profissionalmente e cada vez tenhamos cargos de lideranças misturando mulheres e homens, isso faz com que tenhamos um ambiente mais equilibrado, mais dinâmico e harmonioso”, conta.


Apesar de obtermos opiniões tão coesas e coerentes sobre a equidade, ainda precisamos caminhar muito na questão. De acordo com a segunda edição da pesquisa “Mulheres na Liderança”, realizada pelos jornais Valor e O Globo e pelas revistas Época Negócios e Marie Claire, em parceria com a ONG WILL (Women in Leadership in Latin America), o estudo mostrou que 59% das empresas, ou seja, a maioria, não possui políticas para a inclusão feminina em cargos de alto escalão, como conselhos e administração.


Para Ramon, o preconceito ainda existe em algumas companhias e entidades. “Embora cada vez menor, ainda existe um certo preconceito em relação a restrições supostas, tais como: motorista não aceita ser comandado por mulher, o fato de não querer uma gestora, por engravidar e ficar 4 meses fora do trabalho, e por aí vai”, aponta.


Com esse tipo de comportamento, muitas empresas acabam desperdiçando grande parte dos potenciais talentos existentes no mercado profissional, e fica mais visível no cenário atual. “O equilíbrio entre as características pessoais pertinentes aos homens e mulheres é fundamental para qualquer empresa e segmento. Não me refiro se é melhor o profissional mulher ou homem, como já disse, aposto muito mais no potencial de cada um, independente do sexo, mas o equilíbrio entre sexos é fundamental para harmonia em qualquer ambiente”, completa Ramon.


A mensagem que devemos passar, parece simples, mas no contexto que estamos inseridos, deve ser relembrada sempre: mulheres, acreditem em vocês, nos seus sonhos e na excelência de seus trabalhos. Somos capazes de feitos incríveis, quando acreditamos em nós mesmas. Seguiremos juntas e numerosas dentro e fora do TRC.

Junte-se a nós e conheça nosso movimento!


Por Ana Jarrouge


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