Sempre gostei muito de ler, então quando criança tinha o sonho de ser escritora. E mesmo não tendo seguido esse projeto, atuar hoje, na área de Gente e Gestão da transportadora me permite ter uma ampla comunicação com todos, e me satisfaz imensamente. O importante é eu saber que posso contribuir para o crescimento do negócio e para o desenvolvimento das pessoas.
Eu sou uma entusiasta da área. Me realizo a cada desafio superado e sempre estou em busca de maiores e melhores resultados! Na verdade, eu costumo dizer que quem atua no ramo de transportes ou ama ou odeia. É bastante intenso, não tem meio termo.
Uma das maiores dificuldades que eu enxergo no setor é com relação à segurança. Dependemos de condições externas como boas estradas e segurança pública para realizar nossa atividade. Então investimos muito em equipamentos, seguros e treinamentos, mas ainda assim, existem fatores que fogem do nosso controle e podem impactar nossa produtividade.
Ser mulher, mãe e profissional nunca é fácil. Mas, podemos ter um equilíbrio quando temos pessoas que nos apoiam. No final do dia, se percebo que estou em falta com alguma área, busco me dedicar um pouquinho mais naquilo, para balancear e tudo ficar bem.
Tenho em mente que a socialização, o cuidado com a família e amigos nos faz ser criativos e mais produtivos também.
No final das contas, essas atividades extras nos trazem um bom resultado, e as empresas precisam considerar mais isso, do que propriamente, o gênero. Não faz sentido nenhum cargo ser diferenciado pelo gênero, mas sim pela performance da entrega realizada, e o quanto isso traz de vantagem.
Temos uma questão cultural, de muitos anos de atraso no que se refere a equidade de gênero, mas as mulheres estão mais atuantes, cada vez mais protagonistas, e isso tem impulsionado outras mulheres a fazerem o mesmo. Assim também, como aos empresários em apostarem mais no trabalho feminino.
Nunca me subestimei por ser mulher, mas observava se o mesmo acontecia com outras pessoas, e conclui que é necessário a gente ter certas iniciativas para quebrar alguns paradigmas.
Pela minha própria história, eu não acredito que somente criticando o que não está bom é o suficiente para mudar. A mudança de comportamento tem que vir antes do pleito, e muitas vezes isso não acontece.
Por isso é muito importante a participação em movimentos como do Vez & Voz. O estudo, o conhecimento, a mobilização são imprescindíveis. É a maneira de se preparar para alcançar voos cada vez mais altos.
A mulher assume, muitas vezes, a síndrome do impostor e acaba acreditando que tem que demonstrar muito mais competências e habilidades do que o homem para ser reconhecida; isso não é uma verdade absoluta.
O que importa mesmo é ser você, com o seu jeito, competências e crenças. Com certeza é assim que você realizará seu propósito e deixará um legado incrível!
Por Débora Fernandes - Head de Gente & Gestão na TPC Logística
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