Eu estava crente que seguiria carreira acadêmica, após ingressar na graduação de Ciências Econômicas pela Unesp (Universidade Estadual Paulista).
Entretanto, no meu último ano de faculdade, meu pai teve algumas complicações de saúde, e então decidi que o melhor era ficar próximo dele. Fui aprender o funcionamento da empresa da família, que já tinha 15 anos de mercado.
Iniciei por lá em 2003, e desde então, passei por todos departamentos. Quando digo todos, é porque realmente foram todos.
Todas as áreas: de separação e arquivo de vias à emissão de CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico). Do Departamento Pessoal ao Comercial. Mas, como era de se esperar, de todas essas funções, a minha paixão ficou sendo o financeiro.
Eu gosto do transporte, do caminhão, do pátio e da carga. Aliás, acho que isso é uma herança do meu pai. Está na genética.
É um prazer ver a coisa acontecendo de perto. O caminhão rodando com a logomarca da empresa, passando de lá para cá. Isso gera em mim uma imensa satisfação.
Trago o meu coração todos os dias para esse prédio azul da NSLog, e volto com ele para casa cansado, porém realizado.
Confesso que os desafios de estar dentro de um contexto familiar são imensos. E isso, já me fez querer buscar outras opções e oportunidades. Mas investi em um processo de coaching, e creio que estou conseguindo me reposicionar profissionalmente dentro da empresa.
O bônus continua sendo maior que o ônus. E o meu desejo é que a NSLog continue sólida e próspera, e que em breve, estejam conosco meu filho e sobrinho. A terceira geração da família, já imaginou que alegria!
Infelizmente, uma das grandes dificuldades que a maioria das transportadoras tem, hoje em dia, é a concorrência de mercado. Algumas empresas jogam a margem de preço muito abaixo do que seria o justo.
Até por isso, creio que são poucas as que realmente são entregadoras de soluções e conseguem cobrar, por isso. Exige-se um alto nível de excelência do equipamento e da prestação de serviço, mas em contrapartida, não se paga visando esse padrão.
Soma-se a isso, o fato de que o mercado, cada vez mais, nos direciona no sentido da automação de processos, agilidade da informação, tanto em âmbito administrativo, quanto operacional.
Internamente a gente valoriza muito o nosso pessoal. Temos muito apreço pelos funcionários, principalmente, os mais antigos. Os motoristas têm todo cuidado pelos nossos equipamentos, é como se fossem deles.
Com relação à mulher e o mercado de trabalho, para nós termos espaço e condições de se dedicar à vida profissional, é bom que tenha apoio e respaldo na vida pessoal e conjugal. Sem isso, fica complicado, independente do ramo de atuação.
Eu vejo que estamos sempre avançando, nos posicionando mais no mercado de trabalho. Acredito muito que, “lugar de mulher é onde ela quiser!”
Sou bastante a favor do diálogo e da exposição das carências e fragilidades com relação à representatividade, e contra qualquer tipo de favorecimento.
Mas uma coisa eu digo, que todas as vezes, que eu me desafiei a atingir um objetivo, eu consegui. E incentivo que as pessoas tenham resiliência para alcançar também os seus projetos.
As coisas são como são, e nós já conhecemos o cenário e o contexto. Acho que falta muito a gente querer, sem esperar que alguém vai abrir caminho e limpar o terreno para facilitar. Se tiver que brigar e ganhar espaço, que assim seja. Vamos em frente e vamos vencer!
“Ninguém falou que iria ser fácil. Mas se alguém falou que é impossível, mentiu. Sonho realizado é luxo só de quem não desistiu’. ão frases do Rap Thiagão, que meu filho Nicolas, de 10 anos, me apresentou. Ultimamente, ando pensando nisso.
Por Carolina Resuto - Gerente administrativo-financeiro na NSLog
Comments